Qual a diferença entre INT e BIGINT no SQL?

INT e BIGINT são tipos de dados numéricos usados no SQL. Conheça as diferenças entre eles e saiba quando usar cada tipo para garantir a eficiência no armazenamento.

Qual a diferença entre INT e BIGINT no SQL?

No SQL, tipos de dados numéricos como INT e BIGINT são usados para armazenar valores inteiros. A principal diferença entre eles está no tamanho da faixa de valores que cada tipo pode armazenar, o que influencia diretamente no uso de memória e no desempenho. Neste guia, vamos entender as diferenças entre esses dois tipos e quando é mais adequado usar cada um.

1. O que é INT?

O tipo INT (inteiro) é utilizado para armazenar números inteiros dentro de um intervalo específico. O INT é amplamente usado, pois oferece uma boa gama de valores para a maioria das aplicações. Em sistemas de banco de dados, o INT é eficiente em termos de espaço e desempenho.

Faixa de valores do INT

  • Sinalizado (com sinal): -2.147.483.648 a 2.147.483.647
  • Sem sinal (sem sinal): 0 a 4.294.967.295

Exemplo de uso de INT

CREATE TABLE clientes (
    id INT,
    nome VARCHAR(100)
);

Neste exemplo, a coluna id é um campo INT, utilizado para armazenar identificadores numéricos de clientes.

2. O que é BIGINT?

O tipo BIGINT é um tipo de dado numérico semelhante ao INT, mas com um intervalo muito maior de valores. Ele é utilizado para armazenar números inteiros muito grandes que não podem ser armazenados como INT.

Faixa de valores do BIGINT

  • Sinalizado (com sinal): -9.223.372.036.854.775.808 a 9.223.372.036.854.775.807
  • Sem sinal (sem sinal): 0 a 18.446.744.073.709.551.615

Exemplo de uso de BIGINT

CREATE TABLE transacoes (
    id BIGINT,
    valor DECIMAL(15,2)
);

Aqui, a coluna id usa o tipo BIGINT, o que é adequado para armazenar identificadores de transações que podem ser números muito grandes.

3. Diferenças principais entre INT e BIGINT

A principal diferença entre INT e BIGINT é o tamanho da faixa de valores que podem ser armazenados. Se você precisa de números maiores que o intervalo de um INT, é necessário usar BIGINT. No entanto, o uso de BIGINT também tem um custo maior em termos de armazenamento e desempenho.

Considerações sobre o desempenho e uso de memória

  • INT ocupa 4 bytes de memória, enquanto BIGINT ocupa 8 bytes. Portanto, BIGINT requer mais espaço de armazenamento e pode ter um impacto no desempenho ao manipular grandes volumes de dados.
  • INT é geralmente mais eficiente em termos de desempenho, já que ocupa menos memória e pode ser processado mais rapidamente.

4. Quando usar INT?

Use o tipo INT quando os valores inteiros que você precisa armazenar estiverem dentro da faixa de um INT, ou seja, valores entre -2.147.483.648 e 2.147.483.647 (se estiver usando o tipo sinalizado). Isso é suficiente para a maioria das aplicações, como identificadores de registros e contagens.

Exemplo de uso de INT em sistemas de e-commerce

CREATE TABLE produtos (
    id INT PRIMARY KEY,
    nome VARCHAR(100),
    preco DECIMAL(10,2)
);

Aqui, o campo id é um INT, que é suficiente para armazenar identificadores de produtos em um sistema de e-commerce.

5. Quando usar BIGINT?

Use BIGINT quando precisar armazenar números inteiros muito grandes, como identificadores únicos para transações financeiras ou registros que podem ultrapassar a faixa do INT. O BIGINT é ideal quando você sabe que os números podem crescer consideravelmente ao longo do tempo, como em sistemas bancários ou de contabilidade.

Exemplo de uso de BIGINT em sistemas financeiros

CREATE TABLE transacoes (
    id BIGINT PRIMARY KEY,
    valor DECIMAL(15,2),
    data DATETIME
);

Neste exemplo, o campo id usa BIGINT para armazenar identificadores únicos para transações, o que é essencial em sistemas que processam grandes volumes de transações.

6. O impacto no desempenho ao escolher entre INT e BIGINT

  • Uso de memória: Ao escolher entre INT e BIGINT, considere o uso de memória. Se você não precisa de números grandes, optar por INT ajudará a economizar memória e aumentar a velocidade do banco de dados.
  • Performance: Consultas que envolvem BIGINT podem ser um pouco mais lentas do que aquelas com INT, devido ao maior tamanho de dados. Isso pode ser um fator a ser considerado em bancos de dados grandes.

7. Conclusão

Em resumo, INT é a escolha ideal para a maioria dos casos em que números inteiros são necessários e os valores estão dentro da faixa de um INT. No entanto, quando você precisa armazenar valores muito grandes, como identificadores de transações ou contagem de registros em grandes sistemas, BIGINT é a escolha mais adequada. Ao escolher entre os dois tipos, considere o tamanho dos dados que você precisa armazenar e o impacto no desempenho e uso de memória do banco de dados.

Ao trabalhar com bancos de dados SQL, é essencial escolher o tipo de dado adequado para armazenar números inteiros. O uso de INT ou BIGINT depende do tamanho dos números que você está lidando e das necessidades de armazenamento do seu sistema. BIGINT oferece uma gama de valores muito maior, mas requer mais espaço e pode impactar o desempenho. Portanto, é importante considerar o uso de memória e o desempenho ao tomar essa decisão, principalmente em bancos de dados de grande escala.

Algumas aplicações:

  • Armazenamento de identificadores de registros em sistemas de gerenciamento de clientes
  • Armazenamento de valores financeiros em sistemas bancários e de contabilidade
  • Armazenamento de transações em plataformas de e-commerce e marketplaces
  • Processamento de grandes volumes de dados em sistemas de análise e big data

Dicas para quem está começando

  • Use INT quando os valores forem pequenos e não excederem o limite do tipo
  • Use BIGINT para valores grandes que podem ultrapassar a faixa de um INT
  • Evite usar BIGINT se você não precisar de números grandes, pois ocupa mais espaço
  • Considere o impacto no desempenho ao usar BIGINT em bancos de dados com grandes volumes de dados
  • Faça testes de desempenho ao trabalhar com grandes dados numéricos para garantir que a escolha do tipo de dado seja a mais eficiente

Contribuições de Fernando Antunes

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